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Poema sobre o nosso último dia na terra.


Dizem as pesquisas na internet, dessas sem muita validade ou credibilidade, que você é a média das cinco pessoas que mais tem contato. No meu caso, devo ser a média dos meus escritores literários e diretores de cinema preferidos, tendo em vista que abandonei meu convívio social há algum tempo.

O engraçado é que essa semana falaram que eu tenho rampantes de Bukowski, pela minha maneira merda de tratar as pessoas e as situações que na minha opinião todos dão importância demais e eu considero como sendo futilidade.

O ruim de se tornar adulto e passar por todo o doloroso processo de transformação é que com o tempo você acaba perdendo o encanto pela vida, nada mais parece te satisfazer e nesse ponto é onde me afasto do Buk... . Ele sempre encontrou na bebida sua fuga, eu nem isso mais quero.

Em um dos trechos do "O capitão saiu para o almoço e os marinheiros tomaram conta do navio" ele fala sobre perder esse brilho pela vida e como nada do que costumava fazer anteriormente ainda era satisfatório. É bem triste chegarmos a esse ponto das nossas vidas sabe, todos os dias quando acordo eu olho com certo ar melancólico para a janela e em um suspiro pesaroso eu pergunto para mim mesmo se é mais um dia ou menos um dia na minha vida.

Enquanto meus dias na terra se prolongam, a única coisa que sei que tenho que fazer é tentar dar o meu melhor. Não por uma criatura divina imaginária que está só aguardando pra me julgar, mas sim porque em determinados momentos é necessário que guardemos a morte dentro de uma caixa e a esqueçamos lá por um tempo, até que realmente seja necessário fazer uso da mesma. Se você me perguntar quando é o momento de fazer uso desse item de série que acompanha todos os seres vivos desse planeta, a resposta se encontra no tempo.

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