100 smartphones de solidão...
Relendo o livro "100 anos de solidão" do escritor colombiano e vencedor do Nobel de literatura, Gabriel Garcia Marquez, cheguei a uma conclusão pessoal de que existem vários tipos de solidão diferentes e que de certa forma até podem ser categorizadas.
Mas como fazer listas não é o meu forte, vamos apenas falar um pouco sobre esse assunto tão na moda.
É estranho pra muita gente que na era da informação e da comunicação, tenhamos tantos casos de depressão e de pessoas reclamando de serem solitárias. A individualidade nunca esteve tão em alta, e é em tempos como esse que vemos isso de forma muito mais clara. Todos andam de cabeça baixa, mergulhados em seus pensamentos (também conhecidos como smartphones) sem se importarem muito com o que acontece à sua volta ou acreditam que já têm uma vida social ativa quando dão o famoso "joinha" em algum desabafo nas redes sociais ou mesmo postam fotos daquele show ou daquela viagem que deixaram de aproveitar de verdade porque estavam mais preocupados com as opiniões e os likes que ganhariam pelas fotos.
Esse afastamento social é reflexo da evolução nas formas de interação entre as pessoas, que vem se perdendo ao longo dos anos, transformando a todos em seres solitários mesmo tendo em mente que os humanos são de convívio coletivo.
Sobre o livro, é apenas um conto literário cheio de elementos que fisgam a atenção do leitor, a história é contada de uma maneira impressionante, descrevendo fatos como um comboio carregado de cadáveres, uma população que perdeu a memória, mulheres trancadas por décadas em um local escuro, uma caminhada de vinte e seis meses e a fundação de uma aldeia.
Recomendo a leitura inclusive.
Sabe aquela coisa do: mil filmes antes de morrer? Inclua esse livro nos seus (qualquer número) livros antes de morrer.